Será que vai durar O arroz até o fim do dia O feijão ao fim da semana Se eu colocar água pra render?
Será que vai durar Esse amor de uma semana Sem ferir meu melodrama Ou precisar me defender?
Será que vai durar O salário até o fim do mês Sem eu ter de imaginar Algo que nunca vou ter?
Será que vai durar A seca e a fome da gente Escrava de corpo e mente Que espera a sorte pra morrer?
Será que vai durar Sucessão de presidente Que não se importa realmente Com o povo a perecer?
Será que algo há de durar? Não agora e não pra sempre Mas de fato e tão somente O quanto a gente há de durar.
Nos últimos dias tudo o que faço é sentar e ler os livros da faculdade, usando playlists específicas pra estudar. Coisas que me divertiam antes, agora não são mais tão engraçadas.
Estou insatisfeita comigo, academicamente falando. É estranho dizer isso quando se tem só 20 anos.
Desde que me entendo por gente, eu sempre amei música e videogames. Quando entrei na faculdade de Design de Games, eu resolvi que uniria minhas duas paixões e cuidaria da parte sonora dos jogos que temos que produzir todos os semestres. Mais pra frente eu descobri que a faculdade não se importava muito com a parte musical e, se eu quisesse me especializar nessa área, teria que buscar outro curso.
Eu não tinha tempo e nem dinheiro pra outro curso, então comecei a procurar por tutoriais e pesquisar programas de áudio, me desafiei a compor uma trilha sonora de verdade esse semestre.
Bom… as coisas não saíram bem como eu esperava, acabei descobrindo que meu conhecimento vago sobre música, que eu aprendi com as centenas de professores de piano que tive, não era o suficiente. O sonho de trabalhar com uma mesa enorme de mixagem começou a parecer um engano.
Talvez eu só estivesse fazendo isso pra seguir os passos da minha mãe, uma pianista incrível.
Passei alguns dias irritada, me perguntando “no que eu sou boa de verdade?”. Comecei a estudar sem parar, passei a visitar mais a biblioteca e resolvi que programação não vai mais ser um problema pra mim. Isso me satisfez (pra ser sincera, estava estudando antes de escrever esse texto), mas a tal pergunta continuou a me rondar.
A resposta estava praticamente na minha cara. Me lembrei que eu era a responsável pelos roteiros também e que, depois de alguns brainstormings e processos de decupagem, com pouco mais do que 10 páginas, fui capaz de fazer o professor de narrativa sentir algo.
Bom, eu sempre gostei de escrever. É por isso que tenho esse tumblr… talvez esse seja realmente o meu caminho. Não parece tão ruim, “Isa, a roteirista”, é… pode ser que sim.
Eu não sei bem como encerrar esse texto, é a primeira vez que escrevo sobre algo de forma mais pessoal, mais direta. Eu só queria contar isso pra alguém e aqui pareceu um bom lugar pra fazer isso.
people who watch the penthouse are hot. i don’t make the rules
Dear Jonghyun, Today it’s been 3 years without your beautiful smile, your beautiful voice, your beautiful words, the beautiful you. I miss you everyday and I will cherish all the beautiful words, music and memories you gave us forever. You did well, you worked the hardest ♡
omg so cute
Me escuto
AURA (feat. pH-1) (Prod. GXXD)
Você nunca mais será o que é...
E o que resta é aceitar isso.
Eu sou o tipo de pessoa que se apega as coisas, que junta memórias e cartas em uma caixa velha apenas para revisitar o passado, que gosta da forma tradicional que os móveis estavam arrumados por tanto tempo e até do jeito que algumas pessoas resolveram chegar e ficar na minha vida.
Mas sou a pessoa que tem aprendido que de uma hora para a outra as coisas podem mudar, e que a arte de perder exige sorrisos nesse momento.
Eu queria voltar para o meu emprego antigo, eu queria pedir desculpas para aquela pessoa que literalmente usou o meu coração como um saco de pancadas, e até para os dias que a minha única preocupação era uma prova idiota.
Eu me adapto as mudanças, mas tenho dificuldade para aceita-las, existem vozes na minha cabeça que gritam: vá em frente e foda-se os limites que você mesmo tem colocado na sua volta criança tola, mas a outra voz diz: volte e recolha os pedaços de você que ficaram no caminho, se reconstrua e não perca partes suas. Eu gosto mais da primeira voz, tenho tentado ouvi-la.
É como se eu estivesse em baixo da água, tentando decifrar o que devo fazer, quando tudo o que eu tenho são braços e pernas imersos em uma densidade diferente da que eu estava acostumado.