Daphne estava sentada em uma das poltronas, a perna apoiada em cima de um banco para a elevar enquanto fazia gelo na mesma, de modo a reduzir um pouquinho mais o inchaço com que tinha ficado após ter suturado. Quem conhecia a loira sabia perfeitamente o quanto detestava a enfermaria, ainda mais sabendo o quão atolada estava naquele momento, logo após o ataque, e Daph não queria ser mais uma para dar trabalho. Além disso, era apenas um corte, e o kit de sutura e o néctar que ainda tinha, serviram perfeitamente. Ouvindo a voz de Sasha, a semideusa ergueu a cabeça para o olhar, a agitação alheia mostrando a expressão preocupada em seu rosto. “Sasha! Como você está?” Perguntou, como se aquilo fosse amenizar a bronca que já estava à espera de ouvir do amigo. “Hey está tudo bem, foi apenas um corte, já tratei de tudo, só precisa de um bocadinho de gelo e amanhã está como novo!” Não estaria, e a loira teria sorte se não infetasse, mas também não precisava de partilhar essa informação, certo? “Senta aqui a meu lado, deixa olhar para você.” Pediu, se esticando para puxar a outra poltrona para mais perto. Tinha perdido o rastro a alguns dos amigos, por isso ficava aliviada ao ver que Sasha estava bem.
☠︎︎ starter with @wrxthbornx
¸ chalé de ares.
⭑🕯️ʿ a rapidez com que sasha entrou no chalé cinco poderia ser considerada invasiva se ele não tivesse esbarrada em um semideus de ares e perguntado não só se daphne estava por ali, mas também se podia vê-la. fazia apenas algumas horas que o drakon tinha sido morto e finalmente foi liberado da enfermaria, sua primeira parada se dúvidas precisava ser em busca da patrulheira. ele, que sequer era linha de frente, tinha se machucado... como diabos estaria daph então? os olhos azuis procuraram freneticamente a garota e só pareceu relaxar quando a avistou no pequeno espaço que parecia uma sala comum com poucas poltronas perto de uma lareira. um suspiro de alívio escapou do filho de Hades que perdeu automaticamente a tensão nos músculos ao vê-la ali bem desperta. “ ━━━ pelos deuses, eu não acredito que nem com um drakon surgindo do nada, você não vai pra enfermaria." era uma reclamação clara quando se aproximou dela. ouviu de longe curandeiros reclamando de semideuses que se recusaram a chegar até a ajuda e nem precisava de nomes para saber que a loirinha estava nesse meio.
Daphne continuou olhando para a amiga, observando como ela parecia absorta em sua pesquisa entre as páginas dos livros. Não a queria perturbar, mas não a via desde o fechamento da fenda e queria saber como ela estava. Claro, suspeitava que estaria ocupada em procurar tudo o que houvesse sobre aqueles anos e memórias perdidas, mas não achava que estaria em um nível tão intenso. "Desculpe, não a queria distrair." Murmurou, talvez aquela não fosse a melhor altura para procurar a companhia da filha de Atena, não quando ela parecia tão dedicada à sua causa. "Nem uma pequena menção? Nada?" Perguntou se aproximando da mesa, os olhos percorrendo os vários livros abertos. Todos pareciam preocupados e atarefados naquela busca incessante. "E-eu posso voltar mais tarde se preferir..."
Charlie não havia tirado os olhos dos livros desde a revelação sobre os anos que haviam sido apagados da memória do Acampamento. O cômodo principal do Chalé 6 havia se transformado em um anexo da biblioteca; livros e registros espalhados pela mesa, os filhos da deusa da sabedoria sendo orientados pelos irmãos estrategistas e pela conselheira em relação ao que procurar, como procurar. Não haveria folga naquele chalé até encontrarem algo que fizesse sentido. Suspirou com a pergunta de Daphne e só então parou completamente o que fazia para olhar para ela, afastando uma mecha cor-de-rosa dos olhos e a prendendo atrás da orelha. "Registros do Acampamento dos anos perdidos, qualquer coisa que nos dê um norte em relação ao que realmente aconteceu. Mas é em vão", confessou frustrada e exausta. "Não importa o quanto eu procure, não encontro nada."
"i don’t want to care, that’s the point, i’m exhausted, do what you want" for @amaranthaes
Ao ouvir a filha de Dionísio, Daphne olhou para trás e semicerrou os olhos, parando onde estava no seu caminho. Fazer a patrulha da barreira durante a noite também não era de todo sua tarefa preferida, pelo contrário, no entanto, depois do que aconteceu, tinham que estar mais vigilantes que nunca. Não podiam deixar algo parecido àquilo acontecer de novo. A mão esquerda largou o machado que trazia consigo e levou ambas as mãos à cintura. "E eu não quero saber se você não quer saber, ou se está exausta! Também não estou exatamente fresca que nem uma flor, mas temos que terminar a patrulha." Apontou, voltando a pegar no machado e a caminhar pelas bordas da barreira. No entanto, voltou a parar no caminho, apoiando a arma sobre o ombro e se virando de novo para Amarantha. "Ou vá embora apenas, posso muito bem terminar sozinha." Murmurou encolhendo os ombros em desprezo.
𝐚𝐟𝐫𝐨𝐝𝐢𝐭𝐞 𝐚𝐧𝐝 𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐛𝐚𝐥𝐥; 𝒅𝒂𝒑𝒉𝒏𝒆𝒔 𝒍𝒐𝒐𝒌
A simple yet elegant white dress, with a corset like body and flowy long skirt. Attached to the triangle necksline there's a scarf that flows behind the body. The shoes and jewelry is golden.
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𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐩𝐫𝐨𝐦𝐩𝐭 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐜𝐚𝐥𝐥
[ one 🔥 ] além de raiva, uma das coisas que Daphne mais sentiu nesses últimos tempos é frustração. primeiro porque não conseguiu sequer desvendar quem era o traidor, e muito menos supor que eram três, depois porque se sentiu inútil como patrulheira durante o fechamento da fenda, não tendo conseguido matar os 'montros' e por fim, por ter tido o irmão e o amigo caindo na mesma. com tudo isto, treinar tem mais uma vez sido a forma que Daphne tem de descarregar sua raiva e MUSE tem sido seu parceiro nesses dias. inspo song (0/1)
[ two 💢 ] não é a primeira nem a segunda vez que Daphne quebra o nariz, estava treinando com um campista bem maior que ela quando levou com o cotovelo dele bem na cara. por ela, continuava treinando, mas IAN preocupado, quase a arrasta até à enfermaria. inspo song (1/1)
[ three 💕 ] além dos treinos, algo que a ajuda a relaxar são seus livros. normalmente apenas lê romances, e no chalé sempre os esconde de todo o mundo, porém, MARK a encontra lendo sentada nos degraus do coreto de afrodite e não perde a oportunidade de a perturbar sobre isso. inspo song (1/1)
[ four 💤 ] desde a névoa e da visão que teve antes da ida para a ilha de circe que Daphne tem acordado sobressaltada a meio da noite. normalmente tenta apenas voltar a adormecer, mas dessa vez foi impossível, decidindo apanhar um pouco de ar, saiu do chalé e se sentou nas escadas em frente ao mesmo. e, pelos vistos não era a única não conseguindo dormir já que RAYNAR passava por ali àquela hora e decidiu lhe fazer companhia. inspo song (1/1)
[ five 🚬 ] não tinha por hábito fumar, na verdade os cigarros que tinha estavam guardados desde sua última missão, e os havia guardado para quando precisava de clarear a cabeça, e agora parecia o momento certo para os pegar. EVELYN encontra Daphne deitada na areia da praia com música tocando perto de ti e fumando seu cigarro, os dois acabam por o partilhar e ficar conversando sobre o que os assusta sobre o futuro do acampamento. inspo song (1/1)
Reviver aquela noite trazia uma pontada de agonia a Daphne, lembrar do corpo do amigo completamente sem vida no chão era como viver tudo aquilo de novo. "Não tenho muito a acrescentar, quando o fogo começou, tentámos sair por uma das portas do pavilhão e foi quando demos de caras com os ursinhos de pelucia que simplesmente não morriam." Murmurou com um pequeno suspiro, tudo parecia ter acontecido demasiado depressa e ao mesmo tempo tinha demorado uma eternidade. Sabia que não acrescentava muito àquilo que provavelmente Yasemin queria saber, mas não se sentia na capacidade de recordar mais. "Não digo que não possa ter razão, mas tem que ser alguém deles, ou pelo menos eu acho. Se fosse alguém de fora iria ser muito óbvio, não? Ou então ter alguma ajuda de algum deles." Não sabia ao certo, e naquele momento era tudo o que a filha de Ares queria, isso e matá-lo com as próprias mãos, mas teriam que ser pacientes.
Ela sorriu quando ouviu sobre ter fugido da enfermaria porque a amiga lhe conhecia bem demais para esconder aquele fato tão óbvio. Não era fã do local e nunca seria. A ruiva assentiu, prosseguindo com o caminho. ❝ ― E o que você tem a dizer sobre? Viu melhor tudo o que aconteceu. ❞ — Yasemin odiava ter perdido todo o caos já que a coroa apertando foi o primeiro ato do traidor, certamente criando a distração perfeita para a chuva de fogo em seguida até chegar na morte de Flynn. ❝ ― Vou procurar descobrir o que sei com os filhos da magia, nem que role tortura pra isso. Mas sinto que eles só estão sendo usados... Não sei, uma sensação... Assim como Petrus. ❞ — Ela ainda estava fervendo de ódio e certamente queria a cabeça de qualquer filho da magia numa bandeja porque passar pelo o que passou no baile foi um inferno. Ainda assim, a parte racional dela dizia para olhar com mais atenção no que estava acontecendo.
greek mythology edition ~ ares
“Cry ‘Havoc!’ said he who fought chaos with chaos and let slip the dogs of war.
Sabia que se havia alguém que com quase toda a certeza a acompanharia naquela ideia, seria Yasemin, e claro, a amiga não a desiludiu ao concordar quase que automaticamente. O sorriso que se formou em seu rosto mostrou o entusiasmo de Daphne, apertando o contacto do braço entrelaçado no da semideusa e caminhando a seu lado até à barraquinha. "Tinha pensado em um machado." Contou a ideia, era a arma que as duas tinham em comum, e por incrível que parecesse, não tinha nenhuma tatuagem em homenagem à sua arma de eleição, e o significado fazia todo o sentido para si. "E você? Alguma que quisesse muito muito fazer?"
Tatuagens, ah! Ela só teve a oportunidade de fazer uma quando seus amigos a levaram para comemorar o aniversario de 18 anos fora do acampamento e desde então vinha sonhando em fazer uma nova. Aquela parecia uma oportunidade perfeita. Quando Daphne se aproximou de si, pareceu que estava lendo sua mente. ❝ ― Estava pensando nisso agora mesmo. Lê pensamentos agora, Daph? ❞ — Perguntou com certo entusiasmo. Ao menos agora teria uma parceira para lhe acompanhar e passar pelo processo junto consigo. ❝ ― Pois vamos agora mesmo. ❞ — Entrelaçou seu braço ao da amiga, passando a caminhar juntas para o local das barraquinhas de tatuagem. ❝ ― Já tem alguma ideia do que quer fazer? ❞
Só em um segundo relance para a amiga que foi que Daphne reparou nas vestes que a mesma envergava. Ficavam-lhe bastante bem, no entanto não era aquilo que estava habituada a ver nela, por isso só podia ser para uma ocasião especial, eu talvez estivesse experimentando novos estilos? Entrou no chalé quando Charlie abriu totalmente a porta e se afastou um pouquinho da semideusa para ver o outfit por completo. “Nossa é hoje? Isso explica porque está assim vestida, as roupas ficam ótimas em você!” Falou de forma entusiasmada. “O quê? Mas é claro que você vai.” As sobrancelhas se contraíram na testa da loira. Entendia a apreensão de Charlie, ainda hoje o acampamento tinha sofrido um ataque e parecia completamente descabido pensar em um encontro, no entanto, Daphne também era da opinião que o mundo não podia parar por um acontecimento mau. “Hey, você vai sim. O ataque já passou, logo tudo vai voltar ao normal, e a verdade é que não tem nada mais que possa fazer. Os curandeiros estão tratando dos feridos, temos também indo ver dos outros campistas menos afetados, acredite que eu até já arrumei mais de metade do arsenal.” Disse com um pequeno sorriso, as mãos indo segurar os ombros da amiga. “Vai fazer bem para você! Além disso, não pode desperdiçar a oportunidade de usar essas roupas maravilhosas.”
Charlie se olhava no espelho, a roupa que Candy escolhera para si caindo perfeitamente bem em seu corpo. Acabou por bufar e se abraçar, como se quisesse esconder sua própria visão de si mesma. No que estava pensando? O ataque do Drakon havia sido há apenas algumas horas e lá estava ela, se arrumando para um encontro às cegas? A filha de Atena se sentia a pessoa mais superficial do mundo por causa disso. Pessoas estavam feridas, o Acampamento estava um caos, aquela não era a hora de pensar em romance. Estava decidida a colocar um pijama e passar a noite assistindo a algum filme em seu tablet quando ouviu alguém bater à porta. Quem seria? não estava esperando ninguém. Olhou para si mesma naquelas roupas que jamais usaria em outra ocasião, se perguntando o que pensariam de si se a vissem toda arrumada logo após uma batalha. Já estava decidida a ignorar a batida quando algo dentro de si a faz dar apenas uma espiadinha pela porta... e ver Daphne do outro lado, prestes a ir embora. Acabou pedindo para ela ficar e abriu a porta para que ela entrasse. "Estou sozinha sim e... bem. Estou bem. É só que justo hoje à noite é o meu encontro às cegas do Amor Divino e eu estou quase pronta, mas... me parece tão egoísta e superficial participar de algo assim. Acho que não vou."
𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 with @athclar
O coreto de Afrodite parecia completamente abandonado nos últimos dias, e ao contrário de seu chalé, aquele parecia o lugar perfeito para ler um de seus livros. Tinha algum tempo livre, e entre ficar em seu quarto pensando em todas as hipóteses do que poderia estar acontecendo com os campistas caídos, e esvaziar sua cabeça com um dos romances que tinha escondidos em seu quarto, a segunda opção lhe parecia a melhor. Sentada em um dos degraus, lia um romance de fadas em um mundo imaginário, uma saga que alguém lhe tinha recomendado e que realmente era boa demais para deixar esquecido debaixo da cama. Achando estar sozinha, se surpreendeu ao ouvir a voz do filho de Melinoe, a fazendo fechar o livro e o baixar sobre o colo. "O que foi que perguntou?"
𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 -> no coreto de afrodite ❝ it’s only a matter of time. ❞ said @essalis
Quem a conhecia, sabia perfeitamente que o coreto era um local pouco usual para Daphne. Conseguia contar pelos dedos de uma mão apenas, quantas vezes tinha ido até ali durante seus vinte e dois anos de vida, e no acampamento. Mas com os outros campistas ocupados com demasiadas tarefas ou distraídos com o que havia acontecido, parecia ser dos poucos lugares onde a filha de Ares conseguia algum tempo a sós. E ultimamente estava precisando disso, por muito que adorasse seu chalé, tinha dias conseguia ser caótico, e embora fosse sua função arrumar isso, hoje simplesmente não tinha qualquer vontade. Estava debruçada sobre a fonte no meio do coreto, a mão vagueando sobre a água, molhando as pontas dos dedos na mesma, pela primeira vez tomando atenção nos detalhes ali quando ouviu a voz da filha de Poseidon. "Espero que seja apenas uma questão de tempo até encontrarmos esse traidor... É a isso que se refere?" Perguntou, logo depois virando o rosto para a encarar.
𝐃𝐚𝐩𝐡𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐜𝐞𝐰𝐨𝐨𝐝Daughter of 𝕬𝖗𝖊𝖘; cabin counsellor born from 𝒘𝒓𝒂𝒕𝒉 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒂𝒈𝒆
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