O comentário do amigo abriu um pequeno sorriso contido nos lábios de Daphne, não podia negar que talvez isso acontecesse, mas também não era pessoa de se vangloriar em sua técnica, pelo menos não para os amigos próximos. "Acho que pelo tempo que você está aqui, já venceu um monte de vezes ao saco, lhe dê algum descanso, ele também merece." Disse de forma meiga, um tom que não usava muito com pessoas fora do seu pequeno círculo de amigos mas que com eles saía de forma natural. Por muito que quisesse também descarregar toda sua raiva e frustração ali, por muito que os músculos tensionassem com a vontade, não era para esse fim que tinha ido até à arena. "Não... Apenas queria sua companhia, saber como você está." Gostava de estar sozinha, mas ultimamente fazia-lhe falta estar com alguém, e claro, estava preocupada com Sasha após todo o drama com a fenda. "Fui procurar por você no seu chalé, mas seus irmãos me disseram que estava aqui fazia horas." Murmurou, os olhos vagando até às mãos do filho de Hades, mostrando o quão desgastadas já estavam.
⭑🕯️ʿ não tinha muita certeza há quanto tempo estava ali na arena, mas se parasse um pouquinho para observar a situação de suas mãos, perceberia que era tempo o suficiente para se machucar. a adrenalina correndo em suas veias impedia que notasse o sangue manchando seus dedos. não era muito, mas estavam arranhados de tantos socos que dava no saco de pancadas. usava os pés também para aplicar mais golpes, treinava uma variedade de movimentos. mas a voz de daphne tirou sua mente daquela agitação de golpear, golpear, chutar. estabilizou o saco só assim notando que a respiração estava irregular demais. “ ━━━ prefiro lutar contra um saco de pancadas porque sei que tenho a chance de vencer. contra você? não quero ser humilhado." soltou um riso baixo com a respiração ofegante. não tinha nem chances contra a filha de ares, em cinco segundos ela lhe levaria ao chão, tinha certeza. “ ━━━ mas veio treinar também?"
"Is that... Blood?" for @d4rkwater
A loira não se lembrava da última vez que havia visto um Drakon, talvez não punha os olhos em cima de um há mais de cinco anos, e a verdade é que não tinha saudades nenhumas. Assim como todos os patrulheiros, Daphne não hesitou em atacar, convocando o machado em poucos segundos, sem qualquer tempo a perder para atacar também o monstro em frente deles. Não era fácil lutar contra um Drakon, parecia que por mais que o atacasse, nada alterava, a sorte, foi o golpe certeiro do irmão, logo conseguindo matar a critura. Daphne ainda ficou alguns longos segundos olhando para o seu corpo sem vida, antes de se virar e se afastar, arrastando o machado atrás de si quando ouviu a voz de Joseph. "Sangue? Hã, onde?" Perguntou enquanto passava a mão pelo pescoço, não se lembrava de nenhum golpe doloroso assim, e ao ver que a mão estava limpa, passou à nuca, logo sentindo algo húmido. "Ah... Sim, mas está tudo bem, deve ser apenas um pequeno corte." Murmurou, limpando a mão ensanguentada na calça. Não queria ir até à enfermaria e deixar os filhos de Apolo ainda mais atarefados que aquilo que já deveriam estar.
𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 - (plot O3) for @lcianhale
Os olhos passavam de forma apressada sobre as letras do livro que tinha sobre a mesa na biblioteca, podia dizer que estava lendo na diagonal, apenas tentando encontrar algo que despertasse sua atenção. Não costumava ser uma grande frequentadora da biblioteca, mas desde a profecia e agora todo o drama com um suposto traidor, Daphne tentava encontrar nos livros algo que a guiasse até à verdade. Distraída, apenas deu pela presença de Lucian quando o semideus se sentou na mesa onde ela estava, a fazendo erguer o olhar para ele. "Ainda bem que conseguiu vir!" Murmurou com um pequeno suspiro. Toda a ajuda era bem-vinda e o poder do campista era bastante útil naquela espécie de missão que a filha de Ares tinha tomado para si. "Estava lendo sobre uma outra profecia, bem antiga, em que algo semelhante aconteceu." O informou enquanto empurrava o livro aberto na direção do filho de Apolo.
Quando o irmão tinha dito que não queria falar sobre o assunto da ex-namorada ou das amigas com quem estava preocupado, pensou que a conversa iria ficar por ali, mas pelos vistos não. Aidan continuou falando, para surpresa de Daphne, parecia que tinha encontrado a caixa de pandora e a aberto, afinal, o mais velho parecia continuar mesmo com a loira dizendo que não iria forçá-lo a dizer nada, e realmente, aquilo era algo que não a afetava. No entanto, ao ver o quanto ele partilhava e confessava, não conseguiu conter a expressão confusa e ao mesmo tempo de extrema estranheza no rosto. Não era a melhor pessoa para conselhos amorosos, e muito menos para dar opinião sobre intenções de beijos ou sexo casual, mas o irmão parecia realmente afetado por aquilo. "Aidan... Eu pensava que não queria falar sobre isso, mas moço, você estava reprimindo isso ai dentro faz tempo hein?" Perguntou com as sobrancelhas erguidas.
"Além de que eu ia jurar que tinha dito que não queria uma conselheira amorosa pendurada no seu cangote." Apontou, utilizando o argumento que o mais velho havia acabado de usar mais cedo quando Daphne perguntou pelas amigas. Além de que a loira era péssima conselheira amorosa, afinal, até uma pedra tinha uma vida amorosa melhor que a dela. "Mas pode desabafar, não pense que não, só... Não estava esperando isso tudo."
Hesitou em responder a irmã usando todos os seus trejeitos para fugir daquele tema, mas foi inevitável. "Sim, já fui ver ela e estava relativamente bem. Minha preocupação foi com a minha preocupação, entende?" O questionamento dado para Daphne era como um irmão inexperiente. Tinha nela uma conselheira que, talvez, fosse bem mais sensata que ele. Com a mão, começou a bater com os dedos contra a própria perna, em um ritmo musical ouvido dentro de sua cabeça. Quase como um elemento para regulação interior. "Eu não tenho o hábito de ligar para os problemas dos outros, um exemplo disso é isso daqui." Seus olhos olharam o quarto ao redor dos dois, ainda fundamentando o nojo dentro de si. "Mas, estranhamente, quando eu vi ela toda machucada andando na minha direção durante o ataque eu senti aquele nervosismo esquisito surgindo na minha mente. Uma dor barriga, uma sensação péssima." Era constrangedor para ele, mas Daphne bem entenderia. "Eu só queria gozar e ir embora. Foi exatamente o que eu fiz nos últimos dois anos e tudo correu bem. E agora estou preocupado com uma 'amiga'?" As aspas, feitas com a mão, se desfizeram. Aidan colocou a mão sobre a cabeça novamente, despenteado os próprios fios de cabelo. "E o pior: eu tentei de fato investir em algo mais rápido, entende? Eu insinuei interesse em um beijo, até em um sexo casual. Tudo que me arrancasse essa coisa estranha. E sabe o que ela fez? Ela me evitou." A entonação incrédula foi acompanhada de uma nova gesticulação exagerada. "Quem diabos evita um sexo casual, Daphne? Eu não sei ser o ombro amigo ou seja lá qual for o termo que os jovens usam hoje para pau mandado! Qual é problema dessas pessoas com sexo casual ou uma recusa assertiva?!"
"Bem, sendo assim não tenho como ajudar mais, era minha única ideia." Apontou com um pequeno suspiro, dando de ombros em rendição. Era péssima com ideias, ainda mais de desenhos, na verdade não sabia como se tinha decidido em tantas tatuagens. "Para quem queria apenas uma vai fazer três?" Perguntou surpreendida, deixando escapar um riso nasalado, mas ficava entusiasmada pela amiga isso era certo. Olhando também para o caderno, via alguns desenhos que também não se importava de tatuar, mas estava já decidida no martelo. "E quais vai fazer então?" Estava curiosa, adorava tatuagens e ainda mais de ir com os amigos fazê-las. "Se ainda estiver indecisa, posso ir primeiro sim." Assentiu começando a despir o casaco. "Você fazer em mim? Yas, te adoro, mas não sei se confio em você com uma máquina de tatuagens."
Yas ouviu a sugestão da amiga e fez uma careta. A ideia não era ruim, mas não era bem o que estava desejando. ❝ ― Nahh, pensei em algo menor e com menos detalhes... ❞ — Pensou a respeito novamente, voltando a caminhar e entrar na barraquinha. ❝ ― Mas acho que vou acabar fazendo três de uma vez... Vou aproveitar que eu virei conselheira e gastar algumas dracmas a mais. ❞ — Sorriu animada enquanto pegava por um caderno de desenhos apenas para ver as sugestões que ali tinha, embora soubesse como desejava as duas. Ou quase isso. ❝ ― Quer começar com você primeiro? ❞ ― Apontou para uma das cadeiras vagas. ❝ ― Se você for corajosa o suficiente eu mesma faço a tatuagem em você, hein. ❞
Sabia que aquele não era o sorriso característico de Sasha, mas já era bem melhor que o ver com aquele ar triste com que o tinha encontrado. Detestava o ambiente em que o acampamento se encontrava, e mais que tudo, odiava a sensação de incapacidade que parecia sentir. Não tinha respostas nem soluções para o que estava acontecendo, e sentir-se impotente era uma das piores coisas para a filha de Ares. "Obrigada pela lição." Brincou com o amigo, pegando o pedaço de chocolate e levando à boca para o comer. Ao ouvir a questão sobre os ursos, a loira assentiu, engolinho o doce na boca antes de falar. "Sim, nem importava se os decapitava, os bichos não morriam por nada." Murmurou com um pequeno suspiro, tinha sido enervante e stressante ao mesmo tempo, ver que por mais que se esforçasse não conseguia matá-los, apenas abrandar por breves segundos. "Fez bem em sair o mais depressa possível. E sinto muito que tenha se sentido assim, deve ter sido horrível..."
⭑🕯️ʿ assim como a loirinha, abriu um sorriso brincalhão. era apenas a sombra de um sorriso, mas já era muito mais do que tinha aparecido em sua expressão desde que acordou. “ ━━━ não posso deixar você ser egoísta, tenho que te ensinar a dividir." brincou também, mesmo que brevemente. por sorte o chocolate é um lanche frio, não conseguia lidar com bebidas e qualquer alimento quente no momento, até com isso estava tendo dificuldades. o chocolate foi então aberto, um pedaço partido para dividir com a amiga. pensar na noite do baile era lembrar do fogo, do desespero que sentiu e parar para registrar como estava agora, o quanto isso tinha lhe abalado. “ ━━━ eu ouvi sobre os ursos, é sério que eles nem morriam?" soltou um riso baixo, meio incrédulo. “ ━━━ não lembro dessa parte porque na minha mente só estava o caos de escapar do fogo, então assim que Dionísio gritou como sair, eu fui." contou, partindo mais um pedacinho do doce para levar até a boca. ficava aliviado da filha de ares ter conseguido escapar ilesa fisicamente; mentalmente todos ali certamente teriam traumas novos para lidar, ou antigos para acalmar, mas as pessoas que saíram machucadas conseguiram ter um azar ainda maior que os deles. “ ━━━ quando o fogo começou eu só... não sei. entrei em pânico. teria feito um buraco na parede se fosse possível, mas eu tive que ajudar a veronica, ela estava desacordada e sangrando. foi terrível, o fogo não me deixava pensar. eu nem... percebi que estava machucado de tão desconectado que fiquei."
Reviver aquela noite trazia uma pontada de agonia a Daphne, lembrar do corpo do amigo completamente sem vida no chão era como viver tudo aquilo de novo. "Não tenho muito a acrescentar, quando o fogo começou, tentámos sair por uma das portas do pavilhão e foi quando demos de caras com os ursinhos de pelucia que simplesmente não morriam." Murmurou com um pequeno suspiro, tudo parecia ter acontecido demasiado depressa e ao mesmo tempo tinha demorado uma eternidade. Sabia que não acrescentava muito àquilo que provavelmente Yasemin queria saber, mas não se sentia na capacidade de recordar mais. "Não digo que não possa ter razão, mas tem que ser alguém deles, ou pelo menos eu acho. Se fosse alguém de fora iria ser muito óbvio, não? Ou então ter alguma ajuda de algum deles." Não sabia ao certo, e naquele momento era tudo o que a filha de Ares queria, isso e matá-lo com as próprias mãos, mas teriam que ser pacientes.
Ela sorriu quando ouviu sobre ter fugido da enfermaria porque a amiga lhe conhecia bem demais para esconder aquele fato tão óbvio. Não era fã do local e nunca seria. A ruiva assentiu, prosseguindo com o caminho. ❝ ― E o que você tem a dizer sobre? Viu melhor tudo o que aconteceu. ❞ — Yasemin odiava ter perdido todo o caos já que a coroa apertando foi o primeiro ato do traidor, certamente criando a distração perfeita para a chuva de fogo em seguida até chegar na morte de Flynn. ❝ ― Vou procurar descobrir o que sei com os filhos da magia, nem que role tortura pra isso. Mas sinto que eles só estão sendo usados... Não sei, uma sensação... Assim como Petrus. ❞ — Ela ainda estava fervendo de ódio e certamente queria a cabeça de qualquer filho da magia numa bandeja porque passar pelo o que passou no baile foi um inferno. Ainda assim, a parte racional dela dizia para olhar com mais atenção no que estava acontecendo.
𝗧𝗔𝗦𝗞 𝗜𝗜𝗜- 𝙥𝙨𝙮𝙘𝙝𝙤 𝙠𝙞𝙡𝙡𝙚𝙧 𝘲𝘶'𝘦𝘴𝘵-𝘤𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘤'𝘦𝘴𝘵?
Uma noite descansada era tudo o que a filha de Ares mais desejava depois da morte de Flynn, mas pelos vistos, era pedir demais. Dormia de forma descansada pela primeira vez desde o baile, sem a visão do corpo sem vida do amigo para a assombrar, mas tudo caía por terra quando os gritos soaram. Primeiro achava que era um sonho a perturbando, mas começavam a se tornar reais demais e o alarme apenas o confirmou.
Rapidamente a loira saltou da cama, a armadura pronta mesmo ali ao lado foi colocada quase que em tempo recorde e o enorme machado de ouro celestial, a arma oferecida por seu pai, retirado do arsenal em seu quarto. O sangue fervia em suas veias, o coração trabalhando rapidamente para o bombear para todo seu corpo, e a raiva inundava sua mente de uma forma pouco saudável. Ao sair do chalé, ordenou a um dos irmãos mais velhos que contasse todos os ocupantes, de forma a verificar que nenhum se encontrava fora do chalé, de forma a verificar que não era nenhum deles no bosque ecoando aqueles gritos aterrorizados. A sensação de urgência tomava conta de seu corpo, a adrenalina se fazendo presente enquanto sua equipe de patrulha se reunia e rumava em direção ao bosque. Precisava de encontrar o que quer que fosse que estava causando aqueles gritos, e mesmo que o objetivo fosse salvar a pessoa daquela agonia, algo como um sexto sentido a fazia pensar que algo ali não estava certo.
Os gritos não pareciam ter uma fonte apenas, algo que os guiasse na sua direção, eram dispersos pelo bosque e isso apenas a deixava mais e mais desconfiada. Ao fundo conseguia se aperceber de uma névoa, algo parecida à que tinha havido no baile, e isso apenas queria dizer uma coisa, perigo. Ao se virar para dar a ordem para que saíssem do bosque, sentiu seus joelhos cederem, a prendendo ao chão e logo de seguida, a levando para outro local.
O cenário de guerra era evidente, dezenas, centenas, se não milhares de corpos estavam espalhados por todo o lado. Cobriam o chão, as colinas e o que quer que restasse do acampamento. Daphne tentava passar por entre esses corpos, o machado empunhado, afastando os mesmos, mostrando as faces na esperança de encontrar alguém vivo. O que era aquilo? Não se lembrava de travar nenhuma batalha, mas se encontrava coberta de sangue, da cabeça aos pés era difícil encontrar um local que não estivesse manchado. O cabelo tingido de vermelho, as pestanas grudando com a viscosidade do mesmo, não sabia de quem era, mas sabia que não era seu.
Seu ritmo cardíaco estava estranhamente calmo enquanto navegava pela chacina à sua frente, quase até lhe veio uma gargalhada à garganta com a visão que tinha. Perfeito, tinha acabado com cada um deles, era a heroína, tal como sempre havia sonhado, era a última em pé, viva. Teria a mesma glória e o reconhecimento que Aquiles, Hércules, Perseu… Ou talvez até mais. A guerra gostava de nomes, e o seu com certeza ficaria para a história. Seriam escritos cantos em seu nome, e mais que tudo, seus feitos grandiosos seriam reconhecidos pelo seu pai, Ares. No entanto, o sangue frio e a calma pareciam começar a desvanecer à medida que tomava atenção às faces dos corpos caídos. O sorriso em seus lábios se esvanecia à medida que reconhecia os irmãos mortos no chão. Quanto mais caminhava, mais eram as pessoas que gostava que encontrava, desde Yasemin, Charlie e Sasha. Mais à frente seus companheiros de patrulha, o corpo de Brooklyn contorcido sobre o de Christian, e logo mais à frente, Aurora.
Não podia ser, teria feito de tudo para os proteger, assim como aos irmãos, nada daquilo fazia qualquer sentido e sua mente tentava arranjar uma explicação para o que estava observando, quando ouviu uma voz conhecida. “Parabéns minha filha.” A voz de Ares era irreconhecível, a fazendo se virar para dar de caras com o Deus. “Você foi pura destruição. Isto que você vê é raiva na sua melhor forma, é ira!” O pai dizia enquanto esticava os braços com um sorriso rasgado, como que se demonstrando a grandiosidade daquilo. “Mas…” A loira murmurou olhando em volta. “E você conseguiu tudo isto sozinha. De onde veio tanto ódio? Onde foi buscar tanta raiva?” Aquelas perguntas ecoavam em sua mente. O que a tinha feito ficar tão cega que até os amigos e a família tinham sido alvo? O que havia despertado aquilo? Não era o seu objetivo acabar com toda a gente, apenas aqueles que ameaçavam a segurança do acampamento. Mas aquilo era uma guerra maior, existiam interesses que Daphne, uma simples semideusa não percebia. E quem eram eles naquela guerra dos Deuses, senão meros objetos para serem subjugados? Pequenos peões utilizados para chegar àqueles de nome maior? Não entendia ao certo aquilo que havia acontecido, mas o seu peito afundava com a culpa do que havia feito.
“Podia ao menos ter poupado aqueles que ama, ou tem algum carinho…” Ares murmurou, o pé tocando na face sem vida de um dos irmãos caídos, como se não fosse nada. “Até eu tento ter esse cuidado.” O Deus encolheu os ombros, e aquelas palavras atingiram a loira como uma faca cravando em seu peito. Sempre tinha ouvido que quando deixamos o que somos, nos tornamos aquilo que poderemos ser. Mas ela não podia ser aquela destruição, não podia ser raiva e ira desenfreada, não, tinha se controlado tão bem contra isso para agora deitar tudo por terra.
Os joelhos cederam, a respiração ofegante enquanto as mãos se apoiavam na terra sangrenta por baixo de si. Os dedos se enterravam na mesma e a garganta deixava sair um grito descontrolado e quando deu por si, estava de volta no bosque, juntamente com seus companheiros de patrulha. Não tinha explicação para o que acabara de acontecer, mas era magia, e era um sinal que aquele traidor estava de novo no acampamento, e eles tinham caído em sua armadilha.
Correndo de volta para o acampamento, deu de caras com a visão dos restantes semideuses na mesma posição que eles mesmo tinham acabado de experienciar há meros minutos. Mas enquanto alguns fitavam ou tentava acordar os restantes campistas, o grimório de Hecáte foi o que tomou sua atenção, e logo depois, a figura encapuzada que pedia para que o mesmo fosse devolvido.
Daphne estava exausta, já não aguentava toda aquela história do traidor e dos filhos da magia, cada vez menos confiava neles, e sabia que nem todos eram culpados, mas a raiva nublava-lhe a mente e talvez até o próprio bom-senso. Por incrível que parecesse a filha do Deus da guerra queria um pouco de paz. O machado foi arremessado com toda a força que conseguia em direção da figura mascarada pelo capuz, falhando por meros segundos quando o mesmo desapareceu como se nunca estivesse estado ali, um brutal grito de indignação e frustração deixando sua boca.
semideuses mencionados: @misshcrror; @thecampbellowl; @littlfrcak; @mcdameb; @christiebae; @stcnecoldd
para: @silencehq
𝐃𝐚𝐩𝐡𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐜𝐞𝐰𝐨𝐨𝐝 - moodboard aethetic
snap. out. of. it...
What's been happenin' in your world? What have you been up to? I heard that you fell in love or near enough. I gotta tell you the truth. I wanna grab both your shoulders and shake, baby. Snap out of it. I get the feelin' I left it too late, but baby snap out of it. If that watch don't continue to swing or the fat lady fancies havin' a sing, I'll be here waitin' ever so patiently for you to snap out of it.
Daphne tinha aprendido que resorts, spas e atividades na água não eram de todo suas coisas preferidas. Claro, tinha conseguido relaxar um pouco, ainda que sua mente se mantivesse preocupada com todos os acontecimentos das últimas semanas, mas por mais que fisicamente conseguisse relaxar ali, continuava preferindo o acampamento. Sentada na espreguiçadeira, fechou o livro que tinha em mãos e voltou a pegar no copo para dar mais um gole na bebida com pouco álcool, que continuava se enchendo sozinha quando terminava. "Está insinuando que desejo a morte de muitas pessoas?" Perguntou olhando de soslaio o mais velho, apoiando o livro na mesinha ali perto, mas virado para baixo. Não era totalmente mentira, desejava a morte de algumas, mas não tantas. "A pobre alma achou por bem entrar na sauna com uma pistola de água e molhar todo o mundo que estava lá, não sei o que lhe deu, mas achou muito engraçado. Já eu não achei graça nenhuma como pode imaginar."
𝐰𝐢𝐭𝐡: @wrxthbornx
𝐰𝐡𝐞𝐫𝐞: terraço
"wishing someone is dead isn’t a crime"
Se permanecesse por muito mais tempo naquela ilha, acabaria ficando mole. Era estranho que seu copo se enchesse sem que nem precisasse pedir, e não fazia nem tanto tempo assim que ele estava sentado numa das espreguiçadeiras do terraço. Sabia que a intenção de Circe não devia ser prover conforto para homens, então, devia desconfiar de que alguma coisa havia por detrás daquilo. Foi por isso que Remzi acabou por afastar o copo depois de um último gole. ' Até porque se fosse, iam te prender e jogar a chave fora ' achava graça no temperamento da prole de Ares, contudo, não estava muito distante deles. ' Posso saber o que a pobre alma fez para que você deseje sua morte, Daph? '
task 1 - diários de um semideus por Daphne Gracewood
Nome: Daphne Gracewood
Idade: 22 anos
Gênero: Feminino, cisgênero
Pronomes: ela/dela
Altura: 1 metro e 52 centímetros
Parente divino e número do chalé: Ares, chalé 5
Idade que chegou ao Acampamento: Com apenas alguns dias de vida
Quem te trouxe até aqui? Pelo que eu percebi foi minha querida mãe, mas quem sabe? Até pode ter sido um cachorro ou um guaxini.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Não tenho a certeza de quanto tempo demorou, ou sequer onde fiquei visto que basicamente nasci no acampamento, mas se me lembro do que Quíron me disse, eu devia já ter quase um ano.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Apenas saí, e continuo, a sair em missões. Sem ser aí nunca tive qualquer vida no mundo dos mortais por isso não me faz qualquer sentido começar uma nova vida sem o acampamento.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? Talvez a pele do leão de Nemeia, conta como item mágico?
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Neste momento? A que paira sobre nós.
Fale um pouco sobre seus poderes: Meu poder é transfiguração de armas, basicamente qualquer objeto que eu pegar posso transformar em uma arma à minha escolha, em qualquer momento. Um galho pode virar uma espada, ou até um brinco virar um escudo.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: Força sobre-humana e durabilidade sobre-humana, qualquer uma das duas é bastante útil, força por razões óbvias, com o meu tamanho sempre é bom ter uma força fora do comum e a durabilidade é bastante útil em combate, sempre dá para puxar um pouquinho mais.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Se não me engano eu tinha uns cinco anos, não me recordo muito bem mas Quíron me falou que me tinha dado um cavalo de madeira para a mão e ele se transformou em uma adaga.
Qual a parte negativa de seu poder: Não conseguir afetar o inimigo indiretamente. Neste caso eu sempre dependo de mim e de minhas habilidades com as armas para o ferir, por isso que treinei para me tornar proficiente com todas as armas possíveis.
E qual a parte positiva: Não estar dependente de andar sempre armada, qualquer coisa vira o recurso que necessito naquele momento.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Sim, o machado em qualquer ocasião.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Meu machado de dupla lâmina, ou lábris. Foi meu pai que mo deu como recompensa depois de minha primeira missão.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Chicote, não entendo como alguém consegue lutar apenas com ele, mas para mim é impensável, evito a todos os custos.
Qual foi a primeira que saiu? Foi quando eu tinha catorze anos e a missão era apenas devolver um pacote a Atena, até hoje estou curiosa com o que estava nesse pacote.
Qual a missão mais difícil? Provavelmente uma em que fomos apanhados desprevenidos por um minotauro e quase nos matou aos três, mas conseguimos escapar, a muito custo.
Qual a missão mais fácil? A primeira.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Sim, nessa do minotauro e outra em que fomos presseguidos por uma quimera.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Graças aos deuses que não.
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Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Ares, obviamente, não iria escolher mais ninguém além de meu pai.
Qual você desgosta mais? Não tenho desagrado por nenhum em especial, mas talvez Eros é o que menos me diz algo pessoalmente.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Duvido que houvesse outro que eu gostaria de ser filha, mas sinto que me encaixava bem como filha de Hefesto, se Ares não existisse.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Já com alguns, não me lembro de todos os momentos detalhadamente, mas o que mais me marcou foi com Ares, quando me feri a meio de uma missão.
Faz oferendas para algum deus?Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Não costumo, não me lembro de ter feito alguma oferenda sem ser para Ares.
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Foi sem dúvida o minotauro, é grande mas é rápido, e forte claro.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Houveram vários mas talvez o basílico foi o que deu mais luta.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Echidna.
Caçar monstros em trio ( ) OU Caçar monstros sozinho ( x )
Capture a bandeira ( x ) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses ( x ) OU Viver em paz, mas no anonimato ( )
Hidra ( x ) OU Dracaenae ( )
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Claro.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Daria minha vida, acho que esse é o maior sacrifício que alguém pode fazer.
Como gostaria de ser lembrado? Como alguém que sempre deu o seu melhor pelo acampamento, e como uma das melhores gueirreiras obviamente.
Local favorito do acampamento: Arena de treinamento
Local menos favorito: Provavelmente a estufa.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Talvez o lago? Não sei, nunca fui em muitos.
Atividade favorita para se fazer: Caça a bandeira conta como atividade?
𝐃𝐚𝐩𝐡𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐜𝐞𝐰𝐨𝐨𝐝Daughter of 𝕬𝖗𝖊𝖘; cabin counsellor born from 𝒘𝒓𝒂𝒕𝒉 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒂𝒈𝒆
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