Mesmo Que Tivesse Percebido A Movimentação Alheia, Quando Tentou Se Movimentar, Bloqueando O Ataque,

Mesmo Que Tivesse Percebido A Movimentação Alheia, Quando Tentou Se Movimentar, Bloqueando O Ataque,

Mesmo que tivesse percebido a movimentação alheia, quando tentou se movimentar, bloqueando o ataque, pensou lento demais, o que resultou no braço sendo imobilizado. Golpe baixo? Não, Anastasia adorava uma boa luta sem regras, já que era ciente de que, na vida real, coisas como honra e moral eram fantasiosas demais para contar com isso. Ao escutá-lo, um sorriso provocativo apareceu nos lábios dela, os olhos brilhando com o desafio proposto. Se havia algo que apreciava, era encontrar alguém que tratava cada treino como se fossem situações reais, levando-a a pensar em novas soluções. Mesmo que fosse uma instrutora, apreciava treinar com semideuses que compreendiam do assunto. Sabia que, independente do que fizesse com os braços ou as pernas, poderia não ser o suficiente para se desvencilhar do outro. "You're bold, flower boy." A voz continha humor, mas, ao mesmo tempo, animação por estar naquela situação. Poderia ser um pouco maluco demais dela, mas gostava da sensação do coração batendo acelerado contra o peito, a boca seca e os pensamentos que pareciam correr desenfreadamente, buscando soluções. Quando houve a condição alheia, no entanto, fingiu chateação. Não que pretendesse entrar na mente alheia, mas sempre havia aquela incitação do poder de realizá-lo constantemente. Perguntou-se, por um momento, como seriam as emoções alheias. "Sem poder mágico? Com eles é tão mais divertido, mas imagino que não seria uma visão muito agradável colocá-lo para chorar nessa situação." Imaginava o quão decepcionante seria ele, segurando ela e, no próximo segundo, as lágrimas escorrendo pelo rosto alheio. Mesmo que gostasse de se vangloriar, sabia que não seria algo que gostaria de fazer de forma tão voluntária. "Você acha que preciso das minhas pernas e dos meus braços para fazer você me soltar?" Deu um sorrisinho, que muitos achavam irritantes, em direção a ele. A expressão continha a arrogância inerte da filha de Afrodite, algo que, mesmo que não se orgulhasse, aparecia quando estava empunhando uma espada. Emanava confiança, fosse na linguagem corporal ou na forma com que encarava o rosto do filho de Deméter. Aproximou-se o suficiente da orelha alheia, mais estendendo o pescoço do que fazendo qualquer esforço com o tronco ou o braço que permanecia preso, esperando que ele não previsse o que estava prestes a fazer. "Oh, você me subestima. Não sei se você sabe, mas eu sei ser bem criativa." A voz não passou de um sussurro, sendo perceptível que o sorriso arrogante permanecesse imutável nos lábios dela.

Antes que ele pudesse pensar, os olhos dela desceram rapidamente e, em questão de milésimos de segundo, a boca encontrou a curva do braço que a segurava e do pescoço. A mordida fechou com muito mais força do que estava acostumada, os caninos afundando na pele sem nenhuma gentileza, sentindo a pele resistir e o gosto de suor invadir. Quando pôde sentir o metalizado tomar lugar, mesmo que suavemente (o que não era muito agradável, mas sequer estava pensando direito e esperava não ter deixado uma marca muito forte), imaginando que estava doendo o suficiente, o joelho encontrou o meio das pernas do Gutiérrez com força, conseguindo, enfim, a liberação da mão. "Talvez seja porque sou filha de Afrodite, mas sou particularmente uma grande fã de mordidas. Elas costumam ser mais leves que isso, no entanto." Misturava a brincadeira e a arrogância na voz, não tendo exatamente pena do outro. Afastou-se para pegar um pequeno saco de gelo, no entanto. Mesmo que não fosse exatamente o maior exemplo de empatia naquelas situações, sabia como provavelmente a mordida poderia estar doendo. A sensação gelada talvez melhorasse. "Aqui, você deve estar dolorido." Encostou o saco na região, esperando que ele não a odiasse tanto por aquilo. "Espero que você não fique com uma marca, mas pense pelo lado positivo... Tenho certeza de que vai fazer com que você pareça mais desejado." Piscou para o homem de forma brincalhona, olhando para a região enquanto levantava o saco para dar uma breve checada. É, talvez fosse necessário passar um pouco de bálsamo mais tarde.

Mesmo Que Tivesse Percebido A Movimentação Alheia, Quando Tentou Se Movimentar, Bloqueando O Ataque,
Mesmo Que Tivesse Percebido A Movimentação Alheia, Quando Tentou Se Movimentar, Bloqueando O Ataque,
E Ali Estava O Resultado Que Ele Tanto Buscava. Se Antes Ela Havia Demonstrado Certa Habilidade, Agora

E ali estava o resultado que ele tanto buscava. Se antes ela havia demonstrado certa habilidade, agora Diego sentia uma energia ainda mais intensa fluindo entre os dois. Um sorriso travesso surgiu nos lábios avermelhados do semideus, que prontamente, com a katana em mãos, assumiu a mesma posição que a semideusa. Ele era mais lento, mas tinha astúcia e, de certo modo, mais experiência. Mas não podia subestimá-la. Jamais faria isso. Não tão cedo. Sem avisar, ele avançou, e a lâmina da katana encontrou a dela, produzindo o conhecido tintilar do metal. Antes que ela recuasse para um novo ataque — talvez apelando para um golpe baixo, seu habitual recurso infalível — Diego segurou a mão que empunhava a arma, aplicando força suficiente para fazê-la soltar a lâmina. Como não obteve uma resposta imediata, ele a agarrou pelo tronco, afastando o braço que ainda segurava a lâmina, mantendo-a fora de alcance. Se Anastasia conseguisse se desvencilhar, ele estaria em sérios apuros. "Antes que proteste, a luta nunca é justa. Você sabe disso; é habilidosa demais para se enganar," o filho de Deméter insistiu, apertando ainda mais a mão dela. "Vamos imaginar uma situação: um monstro, mais ou menos da sua estatura, mas milhões de anos mais experiente que você, conseguiu imobilizá-la... O que faria a seguir? E, antes que pense nisso, sem usar poderes mágicos." A outra mão que a segurava pelo tronco impedia movimentos mais bruscos. Diego queria uma reação racional, mas ao mesmo tempo espontânea. Monstros, deuses, grandes heróis... nunca lutavam com justiça. Era sobreviver ou perecer. Não havia outra opção. "Estou à sua mercê. Suas pernas estão livres, mas se tentar usá-las de uma vez, vai se arrepender. Se usar a mão livre, só vai desperdiçar energia. Vamos lá, bonitinha!" provocou, o sorriso crescendo ainda mais em seu rosto.

E Ali Estava O Resultado Que Ele Tanto Buscava. Se Antes Ela Havia Demonstrado Certa Habilidade, Agora

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10 months ago
Estava Despreparada E Cansada, Fruto Dos Dias Que Não Foi Permitido Que Instruísse. Mesmo Que Os Anseios
Estava Despreparada E Cansada, Fruto Dos Dias Que Não Foi Permitido Que Instruísse. Mesmo Que Os Anseios

Estava despreparada e cansada, fruto dos dias que não foi permitido que instruísse. Mesmo que os anseios permanecessem, o corpo enfaixado e os hematomas impossibilitavam que empunhasse a espada e, agora, também a corrente. Os pensamentos flutuavam em sua cabeça, a noite comandada pela fraqueza a atormentando sempre que ficava em silêncio. Talvez fosse esse um dos motivos que tinha tornado as oferendas mais frequentes, rogando por mais sabedoria e clareza para Atena. Esperava que não cometesse tolices estratégias novamente, principalmente quando tinha certeza que haveria mais combates para frente. Lutaria dia e noite até que estivesse afiada novamente e se tornasse a melhor naquilo. Sequer tinha percebido a presença da semideusa quando escutou as palavras da outra, os pelos do braço eriçando levemente pelo instinto que é trazido pelos reflexos. "Sempre estou com raiva de alguém." Uma risada saiu dos lábios dela, já que, muitas vezes, usava a raiva como motivo de treino. Naquele momento, no entanto, era bem mais complexo do que uma emoção simples como a raiva. Havia bem mais que estava em jogo além de alguém falando mal de si ou de algum desentendimento que tivera. "Mas não é por isso. Acho que, nesse meio tempo que fiquei na enfermaria, desacostumei. Poderia ter sido mais rápida e mais precisa." A espada estava um pouco mais pesada conforme segurava, então a transformou em pulseira novamente. A respiração estava pesada e o corpo coberto de suor, então achou que fazer uma pausa não seria de todo mal. "Mas obrigada pela preocupação. Vou usar esse seu espírito quando precisar brigar realmente com alguém." Um sorriso alargou-se na expressão dela, mantendo uma leveza nas palavras. Não desejava brigar fisicamente com alguém tão cedo. "Quer treinar um pouco? Posso te ajudar."

Encostada na parede, Melis observava de longe como Nastya se portava em seu treinamento. A semideusa até tentava memorizar o que ela estava fazendo para poder reproduzir quando estivesse em seu horário. Provavelmente não iria conseguir fazê-lo com a mesma perfeição, mas talvez até pudesse surpreender seus instrutores. Quando a amiga terminou seu treinamento, Melis esperou até que saísse da arena para poder se aproximar. "Dez de dez, Nastya! Maravilhosa, rainha, divônica, kinga, lendária!" Começou a bater palmas para a amiga, fazendo movimentos engraçados conforme a elogia. "Você acabou com tudo ali!" Parou ao lado dela com um sorriso animado. O que Melis fazia de melhor era apoiar seus amigos e também demonstrar o quanto os admirava. "E fez isso tão rápido! Cheguei quando você estava começando e você já está aqui, perfeita! Depois você precisa me ensinar como..." Parou por um momento e tirou aquele segundo para pensar. Realmente ela havia derrotado todos com muita rapidez. Será que havia perdido alguma coisa importante? "Nastya, você está com raiva de alguém?" No mesmo momento, Melis mudou a postura. O que é que tenha acontecido, a semideusa estaria preparada para ajudar. Anastasia sempre fazia o mesmo por ela. "Quer que eu te defenda? Quem foi? Quem foi? Me diz que eu vou lá fazer barraco! Não tenho medo de falar não!" | @ncstya

 Encostada Na Parede, Melis Observava De Longe Como Nastya Se Portava Em Seu Treinamento. A Semideusa

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11 months ago
A Voz Dele Parecia Vir De Todo O Lado, O Que Definitivamente Não Facilitava Para Anastasia, Que Tentava
A Voz Dele Parecia Vir De Todo O Lado, O Que Definitivamente Não Facilitava Para Anastasia, Que Tentava

A voz dele parecia vir de todo o lado, o que definitivamente não facilitava para Anastasia, que tentava achar o irmão. As provocações dele não faziam efeito nela, uma vez que já estava sentindo o coração mais acelerado pelo jogo que estavam. Adorava competições, tanto que não tinha hesitado em visitar a atração antes de todas as outras. Aquela era a terceira vez que estava ali dentro e, mesmo assim,s surpreendia-se com o que encontrava. Ao escutar, no entanto, a simulação, um sorriso travesso apareceu nos lábios dela, seguindo o som automaticamente. Quando chegou perto, no entanto, não encontrou nada, o que frustrou ela. "Irmãozinho... Que azar, hein?" Foi o suficiente para que caminhasse mais um pouco, tentando escutar pelo menos uma respiração diferente. Ao escutar alguns passos atrás dela, no entanto, mordeu o lábio inferior, sabendo que tinha se ferrado. "Merda, merda, merda." Sussurrou mais para si mesma do que para o outro, esperando que pudesse ter um pouco de pena dela. "Trégua?"

⭒  ๋࣭ 𖹭  ๋࣭ ⭑ Para A Irritação De Max, A Acústica Ali Era Muito Boa. Podia Estar
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⭒  ๋࣭ 𖹭  ๋࣭ ⭑ para a irritação de max, a acústica ali era muito boa. podia estar tentando fazê-la falar para que a voz ressoasse e ele identificasse assim como fazia quando brincava com as crianças de gato mia, mas não estava dando sorte ali. a voz parecia vir de todos os lugares! hefesto certamente tinha pensado em tudo quando construiu aquilo. pelo menos sabia que também não cairia no mesmo erro que tentava fazer com que ela cometesse. “ ━━━ deveria começar a experimentar coisas novas como fazer algo sem estar no mood." retrucou, olhos claros esquadrinha o local em busca de algum movimento. nada. “ ━━━ não estou me escondendo, se você não está me vendo isso quer dizer que eu sei me camuflar bem." blefou. ainda nem tinha se mexido nos últimos minutos, escondido muito bem atrás de uma ruína. para seu desespero, porém, do nada, um ciclope desajeitado e brilhoso aparecia, uma simulação. uma simulação barulhenta que começava a dedurar onde ele estava. “ ━━━ maldito! puta que pariu!" reclamou em indignação, a arma de laser apontada para a criatura enquanto atirava contra ele para fazer com que explodisse em um pó holográfico amarelo e então era forçado a correr dali.

⭒  ๋࣭ 𖹭  ๋࣭ ⭑ Para A Irritação De Max, A Acústica Ali Era Muito Boa. Podia Estar

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11 months ago
Ela Era Bem Direta, O Que Garantiu Um Sorriso Nos Lábios De Anastasia. Os Olhos Estudaram Ela, Tentando
Ela Era Bem Direta, O Que Garantiu Um Sorriso Nos Lábios De Anastasia. Os Olhos Estudaram Ela, Tentando

Ela era bem direta, o que garantiu um sorriso nos lábios de Anastasia. Os olhos estudaram ela, tentando interpretar a intensidade dos sentimentos, o que poderia facilmente descobrir, mas optou por não utilizar os poderes naquele momento. Para ser bem sincera, nem ligava tanto assim, uma vez que a informação já estava sendo processada. No entanto, ainda achava um casal pouco provável, que precisava ver ambos para ter uma certeza de qual opinião teria. "Eu sei bem como se sente, mas... Meio que nunca saio daqui. Deve ser por isso que prefira os estilos clássicos." Mesmo que uma vez ou outra se arrependesse, Anastasia sabia que não duraria muito tempo vivendo no mundo além da barreira. "Um pouquinho, mas a vida é sobre se desafiar." Ainda sim, um resquício de sorriso permanecia nos lábios de Anastasia. Segurou um pouco mais forte a barra na frente, esperando que o coração não fosse pular para fora do peito.

FINALIZADO.

A pergunta veio tão rápida quando sua resposta. ❝ ― Amo sim. ❞ — De maneira bem simples e objetiva. Love não tinha problemas em revelar algo uma vez já descoberto para Anastasia, soltando uma lufada de ar pelos lábios. Ao menos, não era alguém que tinha aversão ao rapaz. Ou esperava que não. ❝ ― Não sei porque. A YSL é uma das melhores marcas atuais e tem estado cada vez mais em alta com os perfumes... Chanel está tão batida que... Argh. ❞ — Era claro que seu lado patricinha sempre estaria latente na tailandesa mesmo que em condições como aquelas que estavam vivendo no momento. ❝ ― Queria saber como foram o lançamento das novas coleções... Ficar presa aqui tem me deixado um pouco sentida de estar perdendo as tendências do momento. ❞ — Se queixou enquanto adentravam na fila inexistente e já era puxada para o primeiro carrinho. ❝ ― Tô sempre pronta! ❞ — Disse de maneira exaltada enquanto segurava firme na barra de segurança e em poucos segundos todos os outros carrinhos já estavam cheios, fazendo que o trilho começasse a andar e o carrinho subir para a primeira queda. ❝ ― Você não tem medo de altura, né? ❞

A Pergunta Veio Tão Rápida Quando Sua Resposta. ❝ ― Amo Sim. ❞ — De Maneira Bem Simples E Objetiva.

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10 months ago
Afundou Um Pouco Mais Na água Borbulhante, Sentindo A Própria Máscara No Rosto Mais Rígida. Parecia

Afundou um pouco mais na água borbulhante, sentindo a própria máscara no rosto mais rígida. Parecia que cada poro do corpo estava sendo liberado junto com os quilos de tensão que estava carregando nos ombros. As preocupações eram um lugar distante na cabeça de Anastasia, que focava naquele momento como se jamais fosse acabar. No fundo, realmente ansiava por aquilo. Desejava transformar os segundos em anos para que pudesse aproveitar ainda mais a sensação de leveza. "É uma máscara hidratante. Era para melhorar com o aspecto da pele. Não que você precise, é claro, já que você tem esse rostinho bonito." O elogio saiu como uma brincadeira, um sorriso bobo aparecendo no rosto dela conforme a semideusa falava. Não podia negar aquilo, afinal. Seria uma tola e uma mentirosa se falasse que o amigo não era atraente, principalmente quando era a filha da deusa da beleza. A confissão era completamente natural. Aproximou-se um pouco mais do amigo, descansando a cabeça no ombro alheio, sentindo a pele quente dele. Sabia que, assim como ela, Santiago não estava tendo os melhores dias da vida, o que se intensificou ainda mais com os últimos acontecimentos. Mesmo que ansiasse por pegar todo aquele sofrimento dele, mudar para uma súbita felicidade, sabia a importância do que estavam sentindo. Poderia, no entanto, fazer o seu melhor para animá-lo e para que entendesse que, independente do que ocorresse, estaria ali para ele. "Se um dia eu conseguir sair do Acampamento Meio-Sangue..." Começou de maneira hesitante. Santiago sabia dos medos que ela cultivava, principalmente em relação ao lado exterior da barreira. Estar sem preocupação parecia uma constante ansiedade para ela, o que foi um dos motivos para que se aproximassem durante a missão, tantos anos atrás. Lembrava-se dos pesadelos, constantes e assustadores, só pelo fato de ter pisado para o lado de fora. "Vou te levar para onde quiser ir." Dinheiro jamais tinha sido um problema para Anastasia, que ainda continha grande parte da fortuna do pai guardada no banco, principalmente porque sequer pagava qualquer conta. Quando começou a aprender a magia de investir, então... O mundo se transformou em outro. Saía uma vez ou outra, por poucas horas, apenas para normalizar a questão financeira. O sorriso dos lábios alargaram-se quando os olhos voltaram-se para o semideus, deixando que a promessa clara permanecesse entre os dois. "Onde vamos primeiro?"

Afundou Um Pouco Mais Na água Borbulhante, Sentindo A Própria Máscara No Rosto Mais Rígida. Parecia
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
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Anastasia parecia perfeitamente confortável com a proximidade entre os dois mas, do lado de cá da cerca, Santi estava mais plenamente consciente da respiração alheia em seu rosto conforme trabalhava do que gostaria de admitir. Escolheu filtrar aos seus sentidos e manter sua expressão neutra, como se as lembranças de um passado distante já não existissem mais: focou na sensação da argila e não do toque, prontamente desanuviando quaisquer ideias equivocadas enquanto tentava permanecer o mais imóvel possível. Era apenas um homem e, com trajes de banho envolvidos, sabia que a amiga não tinha noção alguma do tumulto que lhe causava. Assim o gostaria de manter, na intenção de evitar qualquer torta de climão. Deixou que ela trabalhasse até ter coberto seu rosto e, quando por fim o fez, sentiu as próprias feições tensionarem conforme a máscara secava. ʿ O que diabos isso faz ? ʾ Questionou, as palavras soando rígidas sob a camada do que era virtualmente terra em seu rosto. Era vaidoso, sim, mas cuidados com a pele eram um novo território para Santiago. O som da risada de Nastya evocou a sua própria em resposta, desejando sentir pelo menos um terço da breve euforia que ela parecia experimentar. Seguia se sentindo exausto, mas o mascaria se o resultado fosse não a preocupar. ʿ Qualquer um se sente melhor vivendo como rico por um dia. ʾ Concordou de maneira genérica, oferendo sua melhor performance. Talvez se atuasse por tempo suficiente, podia convencer a si mesmo de que o mundo não estava prestes a ruir ao seu redor.


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9 months ago
O Olhar Dele Sobre Ela, Mesmo Que Fosse Muito Bem-vindo Pela Filha De Afrodite, Também Fazia Com Que

O olhar dele sobre ela, mesmo que fosse muito bem-vindo pela filha de Afrodite, também fazia com que ficasse com um sentimento esquisito no peito. Mesmo que não fossem mais visíveis, podia sentir os dedos de Melis segurando o pulso e depois a mão, até que não conseguisse mais suportar o peso de ambas e o calor tivesse feito com que ela escorregasse. Independente do que tinham falado, Anastasia sentia-se culpada pelo que tinha acontecido. Tudo que ansiava era que tivesse aguentado o peso mais alguns segundos, mesmo que a adrenalina não fizesse com que pensasse em outra coisa além de tentar agarrá-la a qualquer custo. Não perderia mais tempo se lamentando, no entanto. Estava cansada de gastar lágrimas em situações que não poderia rever de alguma forma. Assim que se certificasse de que todos os campistas estavam recuperados do ataque, iria atrás dos semideuses que tinham caído. Na sua cabeça, aquilo já estava decidido. "Eu não dormi seguido de eu estou bem não combinam muito bem." A voz saiu de forma brincalhona, mesmo que os olhos estivessem procurando nele qualquer sinal de que a situação alheia tivesse piorado. Levantou-se do lugar onde permanecia sentada anteriormente, colocando a mão na testa dele e depois na bochecha, tentando sentir qualquer sinal de um calor excessivo. Tentou não pensar muito sobre isso, mas a respiração ficou mais profunda. Era uma reação natural do corpo, então não pensaria mais sobre isso. Pelo menos, era o que estava se forçando a fazer. Tinha prometido a si mesma que, com a reação alheia que o outro teve no ofurô, manteria o relacionamento deles mais leve. Claramente, Santiago e ela nutriam os mais platônicos dos sentimentos. Não refletiria sobre qualquer coisa diferente daquilo novamente. "Talvez você pudesse pedir um tônico ou algo assim para dormir e descansar. Você, mais do que ninguém, merece algumas horas de sono sem nenhuma preocupação. Apenas fechar os olhos e nada a seguir." Ambos tinham problemas com pesadelos desde muito tempo atrás, o que piorou depois da missão que compartilharam. Com o sumiço dos campistas, no entanto, o sentimento de preocupação parecia crescer na enfermaria.

"Não se preocupe comigo. Algumas horas sentada em uma cadeira não são nada se for para me certificar de que você está bem." Os lábios dela voltaram-se para cima, o que demonstrava que realmente não se importava com aquela situação. Para aqueles que amava, Anastasia não media esforços, ainda mais com alguém que considerava como parte da família. Assim que tinha descoberto o que tinha acontecido com Santi, tinha corrido para a enfermaria, garantindo-se que não tinha sofrido gravemente com o ataque. Afastou-se suavemente dele, voltando-se a sentar no lugar. "Você não parece mais tão mal. Talvez consiga alta ainda hoje para ficar deitado no chalé." A declaração saiu com confiança. "Se quiser, posso ser sua enfermeira particular." Uma risada escapou dela, tentando não pensar em qualquer outra questão que estivesse incomodando a mente. Queria focar na melhora de Santiago, que era a sua principal questão.

O Olhar Dele Sobre Ela, Mesmo Que Fosse Muito Bem-vindo Pela Filha De Afrodite, Também Fazia Com Que
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Não aguentava mais aquela porra de lugar mas, ao que tudo indicava, sua alta viria na manhã seguinte–invés de o tranquilizar, o fato só servia para deixá-lo ainda mais agitado. A companhia de Anastasia durante a noite o reconfortou, sim, mas também fez com que não se permitisse pegar no sono, sabendo que seus pesadelos inevitavelmente a iriam acordar. Para manter-se ocupado nas horas da madrugada, havia considerado perambular pelo cômodo de maneira silenciosa, na esperança de se acostumar com os músculos ainda doloridos. Antes que tivesse a chance, Nastya havia entrelaçado os dedos nos seus, e a opção lhe foi roubada pela sensação de ser ancorado por algo em meio à tempestade de emoções que vinha enfrentando.

Nunca o admitiria para ela ou para ninguém, mas se permitiu observá-la enquanto dormia, o rosto relaxado a fazendo parecer mais nova, a expressão livre da careta de preocupação que vinha franzindo seu senho desde que a fenda havia sido fechada, o colocando na enfermaria e enviando suas amigas para o buraco. Mal havia amanhecido quando ela o pegou no flagra a encarando, e Santiago fez o seu melhor para disfarçar, desviando o olhar para qualquer lugar que não o rosto ao qual observara ou a mão pousada na sua. Fingindo normalidade, olhou ao redor como se procurasse uma enfermeira, e só se permitiu voltar a atenção até ela quando a farsa lhe pareceu convincente o suficiente. ʿ Bom dia. ʾ Ofereceu de volta com um sorriso incerto, como se não tivesse o direito de expressar emoções positivas na situação em que o Acampamento estava. Mesmo agora, ao vê-la se levantando, se pegou a escaneando por machucados não descobertos pelo que devia ser a vigésima vez. Era impossível não se preocupar quando o assunto era ela. ʿ Eu não dormi. ʾ Admitiu porque não gostava de a dizer mentiras, sabendo que ela não o julgaria contanto que não contasse o porquê. ʿ Eu estou bem, Nas. Sério. Você não precisava ter passado a noite na cadeira, deve ter sido desconfortável para caralho. ʾ A repreendeu, tendo contemplado oferecer a partilha da cama de solteiro que ocupava na noite anterior, e não o tendo feito pelo mesmo medo de sempre: rejeição.

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9 months ago
A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava

A mente funcionava com bastante velocidade, mesmo que permanecesse parada, afundada na água. Estava imersa nos próprios pensamentos, procurando justificativas para o que estava acontecendo. Será que tinha feito algo que Santiago tinha desprezado? Repassava a conversa em busca de compreensão, mas, quanto mais nadava no mar de indecisão, mais se afogava. Havia tanto que queria saber e buscar, não entendendo o porquê do afastamento súbito sem sequer ter a sinceridade por trás das palavras. Sabia que não deveria duvidar tanto, porém, no momento em que se encontrava, o semideus parecia uma incógnita. Ainda não compreendia também o motivo de não ter conseguido estabelecer a conexão que ansiava com a mente alheia, submersa no constante vazio. Não deixou de manter a pergunta interna se, de alguma forma, o outro tinha desenvolvido algum tipo de escudo mental inatingível, mas não sabia como aquilo era possível. Sequer fazia parte do domínio de Bóreas. Foi quando escutou a voz dele desculpando-se por alguma coisa, interrompendo as divagações que pareciam tomar conta da mente. Os olhos levantaram-se na direção de Santiago, pensando que, mesmo que se conhecessem há anos, ainda havia mistérios que os envolviam que jamais ousariam contar ao outro. Ao mesmo tempo que achava assustador, queria descobrir mais. "Pelo quê?" Ficou confusa, não entendendo o que tinha acontecido. Por força do hábito, permitiu que a conexão entre as mentes se formasse. Assim que os sentimentos de Santiago vieram em vermelho e com certo gosto de vinho tinto, no entanto, fechou rapidamente. As bochechas se coraram mais pela intensidade do que pelo sentimento em si, o calor invadindo o corpo de forma involuntária. A garganta pareceu ser inundada por labaredas e ficou sem palavras por um segundo. Não que fosse tímida ou ingênua. Anastasia sabia muito bem o efeito que causava nas pessoas, fruto da beleza de Afrodite. Sempre apreciou olhares em si, ser desejada ou invejada. Os olhos brilharam, repletas de uma malícia imaculada, os braços movendo-se para as costas como se ansiasse para que ele olhasse para cada parte dela atentamente. "Você sabe que não precisa pedir desculpas por isso. Pode apreciar quanto quiser." Mesmo que a voz contivesse a brincadeira, desejando manter a leveza entre os dois, que sempre foram muito próximos, havia também uma sinceridade que não sabia se Santiago captaria.

A pergunta para ela saiu quase como cômica. Não imaginava um mundo em que, por consequência, não voltaria para o Acampamento Meio-Sangue. Tinha construído uma vida lá e, mesmo quando construísse uma nova casa, um novo futuro, o passado continuaria sendo importante para ela. Estaria lá para cada um dos seus amigos e irmãos que estabeleceu laços. Até aquele momento, tinham sido 16 anos. Os campistas tinham sido a única coisa que ela teve durante todos esses anos, auxiliando-a a se reerguer toda vez que estava prestes a cair. "Claro que vou. Somos família." A garantia saiu de forma natural e não hesitou em sequer uma palavra. Independente da mágoa que sentia naquele momento, jamais imaginaria não ter Santiago em sua vida. A mente viajou, por um segundo, nas noites que passaram juntos e nas confissões feitas quando o mundo era tomado pela luz lunar. O que faria sem o seu confidente? Havia poucas pessoas que a faziam se sentir tão acolhida e aceita por quem era. Mesmo quando o mundo estava desabando, Santiago parecia estar ali para ela, sem julgamentos. "Você não vai se livrar de mim tão cedo, Santiago Aguillar." A promessa saiu novamente em tom de brincadeira, mas Anastasia sentiu a garganta fechar por um segundo e o peito ficar mais pesado. Manteve os olhos focados nele, tentando compreender o que passava naquela mente. Não estabeleceria mais nenhuma conexão com a mente dele, já que a última vez a tinha deixado um tanto desconcertada.

Talvez porque estava chateada com Santiago, tentando compreender o porquê daquilo estar acontecendo com a mente dele, mas Anastasia sentia um impulso fortalecendo conforme mais pensava e mais olhava para ele. A água quente a fervia de fora para dentro e os olhares do semideus sobre ela não tinham a ajudado na sensação, mesmo que tivesse tentando manter a conversa leve como tinham voltado por um momento. Afundou na água, permitindo que ela lavasse a máscara biodegradável, fechando os olhos para que fosse engolida pelo calor que estava sentindo. No final, era uma pessoa verdadeiramente rancorosa e vingativa, assim como excessivamente emocional. Mesmo que tentasse trabalhar nos seus piores traços, numa tentativa de inibir até que parassem de ser uma preocupação, continuavam sendo um grande problema. Era movida pelo coração, jamais pela mente. Por isso, quando levantou do ofurô, não disfarçou nenhum pouco o corpo molhado e as gotas que escorriam por cada uma de suas curvas. A cicatriz em seu rosto, descoberta de qualquer maquiagem, quase fez com que voltasse para a água, mas não seria medrosa a ponto de esconder-se novamente para que não fosse vista. Fez isso durante semanas. Sabia que poderia estar indo longe demais quando andou até ele com a elegância provida aos filhos de Afrodite, movida pela mágoa e algo mais. As mãos foram até o joelho desnudo dele, apoiando-se conforme olhava diretamente para ele. Quando tinham se conhecido, tantos anos atrás, uma das primeiras características que tinha notado eram os olhos dele, dotados de uma cor tão clara que causaria inveja a qualquer filho de Afrodite. Um sorriso, que era mescla de sagacidade e provocação, adornava os lábios dela e intensificou-se quando se inclinou em direção ao filho de Bóreas. Conforme o movimento acontecia, os dedos, ainda quentes e molhados da água do ofurô, deslizavam suavemente para cima, sentindo a pele alheia. A tentação de não parar permanecia vívida conforme sentia o coração bater de forma mais acelerada, pensando o quão fácil seria não ter mais espaço entre eles, mas não era o que mais ansiava naquele momento. Eram amigos, afinal de contas, e continuaria repetindo isso para si incansavelmente até que qualquer outro pensamento tomasse conta. Os lábios desviaram o caminho até a bochecha alheia, dando um beijo talvez um pouco mais demorado que deveria. "Até mais, Santi. Vou receber uma massagem agora." Afastou-se dele sem hesitação, a destra indo em direção aos fios alheios, bagunçando-os com carinho de uma forma que a ajudasse lembrá-la de se acalmar. Se era ele quem devia se sentir provocado, por que era o corpo dela que parecia queimar? "Nos vemos depois, ok?" Um sorriso, quase forçado, pendia nos lábios dela, quando finalmente se virou e foi embora, caminhando enquanto sentia as pernas quase querendo vacilar. Precisava saber o que estava acontecendo.

FINALIZADO.

A Mente Funcionava Com Bastante Velocidade, Mesmo Que Permanecesse Parada, Afundada Na água. Estava
ncstya - ♡ 𝐌𝐀𝐆𝐍𝐄𝐓𝐈𝐂 .
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Mesmo com a relativa distância que agora os separava, ainda a podia sentir como a gravidade, o mantendo em sua órbita. Não se lembrava de uma única ocasião em que não estivera sob a força da atração que tanto precisava se esforçar para repelir. Eram polos opostos, e o magnetismo que ali o mantinha era algo que há muito havia desistido de negar para si mesmo, e que não podia ser dito em voz alta. Assistiu o dançar de seus dedos sobre a superfície da água, e mesmo o gesto inocente era suficiente para fazer sua imaginação perambular. Hesitante, seus olhos vagaram da mão até seu rosto, e então não pode conter seu deslizar: se permitiu a absorver por inteiro, a pele exposta sob o vapor, cada curva o parecendo convidar – conhecidas e há muito esquecidas, sabendo que tocá-las seria uma redescoberta para cada um de seus sentidos. O demorar de sua atenção onde não devia seria impossível de ocultar, e Santiago soube ter sido uma péssima ideia se colocar na situação em que estavam mas, como se assistisse um acidente, era incapaz de desviar o olhar. Por fim prendeu-se aos seus lábios, curvados por uma risada vazia, e todo seu corpo tensionou com a vontade de os provar. Estava fazendo seu melhor para manter-se respeitoso, mas era apenas um homem – sacudiu a cabeça como se para dissipar o desejo, o substituindo pelo único fragmento de si que ainda parecia capaz de raciocinar. ʿ Shit. Sorry. ʾ Ofereceu com o resquício de cortesia que lhe restava mas, de maneira quase travessa, pontuara a frase com um sorriso contido e um dar de ombros: não mostrava real remorso ao pedir desculpas porque não se arrependia do que vira.

De maneira cômica, talvez seu deslize a ajudasse a entender o porquê se havia afastado, como mais uma das peças do confuso quebra-cabeça que a julgava capaz de montar.

O espaço entre os dois lhe era desconfortável, mas servia para a proteger, e aquele era o lembrete a qual precisava se apegar. Poderia tolerar a dor em seu peito em troca de um breve momento se assim o quisesse, o sacrifício parecendo pouco frente ao conforto de a aninhar, mas não seria capaz de suportar a ferir se a deixasse chegar realmente perto e então a afastasse. Por vezes as palavras quase vinham à ponta da língua, implorando que ela o lesse e encontrasse todas as respostas, mas não o fazia por medo de que um castigo que era só seu também a viesse assolar. Estava preso em uma prisão de sua própria criação e, masoquista como era, não tinha desejo nenhum de escapar. Aceitaria o pouco como tudo e, com o mantra habitual como arma, teria que bastar.

Quando por fim se ocupou encarando as luzes que adornavam o ambiente, um sorriso agridoce adornava sua expressão. A ideia de que ela o deixaria para trás doía, sim, mas também o deixava feliz por vê-la tendo a coragem que lhe faltava, a confiança nas próprias habilidades, e a vontade compartilhada de desbravar o mundo. Sabia que nunca a poderia visitar: vê-la construir uma nova vida sem ele seria uma forma de tortura extrema demais até para ele. Por enquanto tinham o pairar de uma possível guerra sobre seus ombros, os mantendo ancorados no mesmo lugar, e Santi entendia o privilégio que era poder a ouvir falar sobre seus sonhos de maneira tão aberta em meio ao que viviam, com certo brilho no olhar. Haviam criado uma bolha onde os problemas do mundo real não existiam e, tão logo saíssem dali, a sentiriam estourar. ʿ Você vai voltar para me ver ? ʾ Perguntou, e em seu tom havia uma mistura de duas emoções perigosas: vulnerabilidade por perguntar algo que expunha seu apego sem rodeios, e algo perigosamente próximo de um flerte. Ela tinha razão em seu diagnóstico sobre o motivo pelo qual se via amarrado ao Acampamento Meio-Sangue mas, dado a oportunidade, gostaria de ser o lugar para qual ela podia voltar. ʿ Ih, eu nunca vou ter isso aí. ʾ Começou, gesticulando para indicar ao que se referia para evitar ter que o falar em voz alta. Era fisicamente impossível que entrasse em detalhes sobre o porquê, mas nada o impedia de deixar nas entrelinhas, como uma trilha de migalhas que ela pudesse seguir na esperança de o entender. ʿ Mas já estou resignado. A vida no Acampamento não é tão ruim assim, e eu não preciso pagar aluguel. ʾ Foi o ponto de vista otimista e superficial que ofereceu. Se fosse sincero, tinha, sim, para o que voltar: seus amigos, sua família, todos os que vestiam laranja como ele, o único lugar no planeta onde havia sido acolhido sem pestanejar. Pensou em Ilya e Antonia, em Eva e Kitty, em Katrina e em Zev, e o que antes era negativo passou a reconfortar – certo, talvez fosse um fracassado incapaz de fazer coisa melhor com a sua vida mas, contanto que pelo menos um deles partilhasse do mesmo destino, o poderia suportar. Mesmo quando pensava em Bóreas e Zéfiro, os únicos Olimpianos a quem sua ira não se estendia, sentia uma certa segurança de que não estaria sozinho nunca, e entendia como era sortudo por ter com quem contar. Aquilo tornava a ideia da ausência de Anastasia algo a que ainda o dilaceraria, mas que a que podia sobreviver. ʿ Eu ainda quero ver o mundo, mas acho que já encontrei meu lar. ʾ Admitiu, seus pensamentos se voltando para a situação em que o lar que tinha como seu se encontrava. Pensou na fenda, em traidores e em castigos, em medos e incertezas e, acima de tudo, na sensação de dever que tinha em ajudar. Sua lealdade ia para além do cargo de conselheiro, algo tão novo e a que não tivera tempo suficiente para se ajustar. Se dependesse de Santiago, a maioria dos deuses poderia muito bem ir para o caralho, mas pelos semideuses valeria à pena lutar. Eram sua tribo, mesmo os de quem não gostava, e iria para a linha de frente se necessário para os salvar. Sua coragem era diferente da de Nastya, mas esperava que ela o pudesse notar.


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@zeusraynar .

ANYONE BUT YOU 2023 | Dir. Will Gluck
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11 months ago
FLASHBACK. "Pelo Menos Eu Sou Um Pouco Mais Irônica Que Cruel." Ainda Sim, Tinham Vários Lados Da Personalidade
FLASHBACK. "Pelo Menos Eu Sou Um Pouco Mais Irônica Que Cruel." Ainda Sim, Tinham Vários Lados Da Personalidade

FLASHBACK. "Pelo menos eu sou um pouco mais irônica que cruel." Ainda sim, tinham vários lados da personalidade que não se orgulhava, principalmente quando tratava-se em devolver na mesma moeda ou conseguir o que queria. Já tinha demonstrado mais de uma vez que fazia o que ansiasse, independente de quem machucasse. Claro que havia aqueles com quem se importava mais do que os outros e, naturalmente, os protegia constantemente, mas, lá no fundo, Anastasia achava que até mesmo para esses havia uma condição. "Tudo bem. Eu sei que..." Mordeu o lábio inferior por um segundo, pensando nas palavras mais apropriadas. "Pode não ser muito fácil." Ainda sim, desviou o olhar para outro lugar que não fosse o semideus. Anastasia ainda achava uma tarefa excessivamente difícil falar sobre o término, já que tinha sido um grande surto de sua parte. Mesmo que tivesse falado que tinha superado os sentimentos conflitantes que vinham com o seu poder, tinha demonstrado que não passava de uma grande mentira da sua parte. Independente dos esforços, o final do namoro tinha sido o mesmo do anterior. Era uma farsa. Um pequeno sorriso apareceu nos lábios dela com o apelido. Fazia tempo que não o escutava, mas trazia algumas boas memórias. Lembrava-se de tempos mais fáceis, que os braços de Ray ao seu redor faziam com que se sentisse um pouco melhor quando estava com as emoções a flor da pele. Naquele turbilhão de emoções, pareciam se entender. "Eu sei disso, mas você está aqui, no final das contas." O que já era o suficiente, pelo menos por enquanto. A vida de semideuses era tão cheia de perigos que, de vez em quando, pegava-se pensando que era uma sorte sequer estarem vivos. Era por isso que passavam a vida treinando: para ter, se tudo desse certo, um futuro. Mesmo que não estivesse mais juntos, desejava que o filho de Zeus tivesse aquilo: um amor para chamar de seu, uma casa, uma família. Merecia tudo de bom. "Vamos só ficar assim por um tempo." Encostou a cabeça no peito dele, absorvendo a música e a lentidão do momento. Os olhos fecharam-se como se desejasse aproveitar só mais um minuto.

FINALIZADO.

Uma coisa era arrancar palavras ofensivas e resmungos nada galantes. Raynar estava acostumado, e deveras ansioso, para o embate verbal diário com a ex-namorada. Internamente, gostava de dizer que era para manter seu próprio vocabulário em dia. Mudar o estado de poucas palavras (e pokas ideias) para um menos taciturno. Não se importando de cair na área do hostil. Então, você pode imaginar o triunfo no rosto do filho de Zeus quando a reação de Anastasia foi física. O rubor fazendo girar o bracinho do eu interno, com direito a pulinhos. “ 🗲 ━━ ◤ Nós dois sabemos disso. Um reconhece o outro, não? ◢ Mas aquele tom... Aquele tom juntou as sobrancelhas num franzir de dúvida. Não tinha ido assim... Longe demais... A frase utilizada lembrava dos momentos íntimos, sim. Mas era motivo de vergonha? Não eram para ser discutidos entre eles? Raynar repassou o volume da própria fala, dos arredores. É, não tinha ninguém ali para ficar bisbilhotando. E, por parte de Dionísio, se preocupar com ele é o mesmo de ficar paranoico com todos os outros que vigiavam seus passos (buscando fofocas de suas vidas monótonas). Deu-se o veredicto: inocente. “ 🗲 ━━ ◤ Sinto muito. ◢ Poucas palavras, grandes reverberações. Raynar revirou os olhos e respirou profundamente. O copo ficando mais interessante do que se aprofundar no complexo pensamento feminino, que colocava ocasiões sociais num nível absurdo. Tanta pressão para danças sobre saltos agulhas? Porque era isso que mais impressionava, fazer tudo escolhendo aquele desconforto declarado. A sede não era enorme, mas secou o copo em alguns goles. Dionísio não o ouviria agora, pensou ao colocar as pedras de gelo dentro da boca. Mastigando. “ 🗲 ━━ ◤ Não é por causa disso? Você me conhece, firecracker. Eu não gosto disso. Disso. Disso. ◢ Apontou para a festa, apontou para a concentração de pessoas e apontou para si. Espaços abertos com muitas pessoas e pouco espaço para manobra? Nem precisava pescar missões antigas para saber que nunca dava certo. Não com semideuses e ainda menos com uma fenda aberta para o submundo. Porém, sua voz deve ter se perdido na diferença de altura entre eles. Por quê? Porque ele a seguia sem fazer resistência, caminhando tal qual um homem pronto para ajudar o carcereiro a colocar a forca ao redor do pescoço. “ 🗲 ━━ ◤ Nem tudo se resolve com uma dança. ◢ A respiração do filho de Zeus ficou profunda e baixa, a postura um tanto mais esticada. Ele ia morrer, sim. Ou cairia por terra cada um que mantivesse o olhar em si por tempo demais, afinal, seu olhos azuis escureciam... E não tinham um pingo de simpatia quando parou na pista de dança. Não queria, mas curvava a coluna e encaixava a mão na cintura. A mão erguida para o apoio e ele chorando por dentro, lançando adagas para Anastasia que parecia satisfeita demais quando deu o primeiro passo sacrificado para a música lenta. “ 🗲 ━━ ◤ Você me deve tanto... Tanto. ◢


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11 months ago
# ʚ♡ɞ  STARTER Para @zeusraynar Em Chalé De Zeus .
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Não lembrava da última vez que tinha estado ali. Nunca foi muito próxima dos filhos de Zeus, exceto, é claro, aquele que estava procurando. Ainda assim, era estranho entrar pela porta que tanto conhecia, quase como se estivesse voltando no tempo, naquele pequeno momento que tinha sido um alívio da pressão que tinha sentido no peito. O momento que estava, no entanto, era muito diferente. Anastasia andava mancando, a perna ainda tendo algumas dificuldades de se movimentar como deveria, assim como o braço que permanecia enfaixado. Com a cura acelerada, todos aqueles ferimentos já eram para terem virado passado, mas era complicado lidar com eles. Quando bateu na porta do quarto alheio, não esperou sequer uma recepção antes de abri-la sem nenhum pudor. Mesmo estando completamente ferrada, Anastasia continuava sendo Anastasia, então não esperaria para conseguir o que desejava. Ficou parada na porta, sem saber muito bem como reagir quando os olhos azuis encontraram os dele. "Eles me contaram o que você fez." A voz saiu mais baixa do que estava acostumada, mas não queria esforçar-se muito para que fosse necessário movimentar mais os lábios. A bochecha permanecia com aquele corte gigante e, mesmo sabendo que era sem esperança, não queria ter uma cicatriz, por mais imperceptível que poderia ser. "Obrigada por não me deixar sangrando até a morte."

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11 months ago
♡ JESSICA ALEXANDER Charles & Keith
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